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Crime e Castigo, de Dostoiévski | Impressões de leitura

A leitura de Crime e Castigo, de Dostoiévski, um ‘clássico dos clássicos’, desafia nossas melhores e nossas piores tendências — as movimenta e é capaz de direcioná-las a um caminho adequado. Como toda grande obra de arte, o livro possui muitas camadas de significado e, por isso, é capaz de agradar a gregos e baianos, a jovens leitores e a eruditos já experimentados.

É quase uma imprudência sair por aí divulgando minhas impressões de leitura sobre essa grande obra — eu que a li, por ora, apenas uma vez. Mas penso que é uma imprudência calculada.

A resenha escrita que fiz da obra já foi publicada aqui há alguns meses.

Eis o vídeo:

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Breves comentários sobre o ‘Servidão Humana’, de Somerset Maugham

Apesar de já ter lido Servidão Humana há vários meses, no começo deste ano, somente agora tive presença de espírito suficiente para registrar brevemente em vídeo minhas primeiras impressões.

Eu já havia feito um texto escrito sobre a obra, que pode ser acessado aqui. Ficou um texto grande, reconheço. Naquela época eu ainda tinha o costume, que abandonei na maior parte das leituras, de fazer um resumo da narrativa enquanto lia.

Acesse o vídeo por aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=ajfOys_IlQY

Políticas de incentivo à leitura

Eu não acredito em “políticas de incentivo à leitura”.

***

Minha própria experiência me diz que o estabelecimento do hábito de leitura (hábito que só se justifica se for um instrumento da busca pela satisfação intelectual ou do desejo de fruição estética), depende de pelo menos três fatores:

i) o indivíduo tem que carregar consigo certa inquietação, tem que sentir uma espécie de privação, que é ao mesmo tempo estimulada e apenas parcialmente satisfeita pelo ambiente em que vive;

ii) o indivíduo tem que entender de que modo a leitura de livros atende parcialmente a esse anseio. Quer dizer: ele tem que entender mais ou menos “como essa chave de fenda pode ser usada para apertar esse parafuso específico”. Sugestão: a leitura é a oportunidade de se encontrar (de alguma maneira, encontrar realmente) com alguns dos seres humanos mais interessantes e de assimilar suas ideias mais estimulantes;

iii) o indivíduo tem que perder a…

Como Ler Livros (Mortimer J. Adler e Charles van Doren)

O Como Ler Livros, de Mortimer J. Adler e Charles van Doren (É Realizações), não é apenas um manual prático ou um guia de leitura (pois sua intenção não é apenas ensinar ao estudante a ler). Muito além disso, a obra é um programa integral de estudos que contém, inclusive, a seleção dos Grandes Livros da Civilização Ocidental (os famosos Great Books), selecionados e indicados pelo próprio autor.

O que pretende esse programa de estudos? Seu objetivo é inserir o leitor-estudante naquilo que o Mortimer Adler chama de Grande Conversação — que é uma reunião, uma congregação, imaginária (porém, de certa maneira, muito real), dos grandes pensadores da Civilização Ocidental. Então, o Adler colocou neste panteão de pensadores Platão, Aristóteles, Dante, Shakespeare, Miguel de Cervantes, Descartes, Leibniz, Kant, Freud, enfim, os grandes autores que, então, conversam entre si nesta hipotética mas realíssima conversação.

A intenção do autor é que o leitor alcance o conteúdo e…

Reparação, de Ian McEwan

Se você está pretendendo ler Reparação, do escritor inglês Ian McEwan, não vá com muita sede ao pote. É um livro bem normalzinho, sem grandes momentos nem grandes sacadas. Eu só o encarei agora porque coloquei na cabeça que deveria, a cada dois dos ‘melhores clássicos da literatura universal de todos os tempos’, ler um livro de literatura brasileira e um de literatura universal contemporânea — os próximos dessa categoria serão Pastoral Americana, de Philip Roth, A Fantástica Vida Breve de Oscar Wao, de Junot Diaz e O Homem que Amava os Cachorros, de Leonardo Padura (afinal, um livro que agradou pessoas tão diferentes como o dr. Emir Sader, Frei Beto e o prof. Olavo de Carvalho merece ser lido com urgência).

Não fiz propriamente uma resenha do livro Reparação, mas deixei no YouTube minhas impressões — que, aliás, não foram as melhores. O vídeo está abaixo. Eu não cheguei…

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