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Johann von Goethe (1749 – 1832)

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“Mesmo depois da morte de Goethe não cessaram de aparecer coleções enormes de obras inéditas, diários, cartas, conversas, e entre elas as ‘Conversações com Goethe’, do seu secretário Johann Peter Eckermann, súmula da sua sabedoria de homem muito velho, muito experimentado e que era um gênio”.

“A relação íntima entre a vida e a poesia de Goethe foi salientada por ele mesmo, na autobiografia ‘Poesia e Verdade’, grande panorama do movimento literário alemão por volta de 1770, com a figura do próprio autor no centro”.

“[…] extraiu dos estudos biológicos a lei da sua vida: a elaboração de uma personalidade própria e perfeita, como tipo humano. Eis um conceito goethiano de ‘Bildung’, de ‘formação’: a transformação do caos de experiências e conhecimentos em uma estrutura orgânica”.

“A poesia lírica de Goethe é — ao contrário do que se pensa, sobretudo no estrangeiro — a parte mais importante da sua Obra”.

(Otto Maria Carpeaux, em História da Literatura Ocidental, vol. 02, p. 1313-1321) — compilação feita por David Bezerra no Facebook.

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‘Werde der du bist’ (Goethe)

“A pior falta, para um nobre príncipe, para um homem, qualquer que ele seja, é ser infiel a si mesmo — é ser ‘macaco’. Píndaro di-lo da mais impressiva maneira: ‘Sê tal como aprendeste a conhecer-te. O macaco é belo para as crianças, sempre belo’. Trata-se de uma lição moral sobre o tema délfico: ‘Conhece-te a ti mesmo’. Sabemos que da frase de Píndaro ‘Sê tal como aprendeste a conhecer-te’ Goethe fez o esplêndido ‘Werne der du bist’, ‘Torna-te o que és’”. (A Civilização Grega, André Bonnard)

Jane Austen (1775 – 1817)

”Jane Austen é um gênio. Tennynson comparou-a a Shakespeare; e a opinião geral na Inglaterra não seria muito diferente. Veja-se, também, o entusiasmo ilimitado do severo crítico F. R. Leavis. Fora da Inglaterra, a glória demorou muito; Jane Austen é estritamente inglesa, e o leitor superficial veria ‘tea-table romances’, onde aqueles viram Shakespeare”.

”Caracteres como Elizabeth Bennett e Fitzwilliam Darcy, em ‘Pride and Prejudice’, estão entre as criaturas mais completas da literatura universal”.

”A obra de Jane Austen é como um ‘Rape of the Lock’ desdobrado e aburguesado, tão ‘fútil’ e tão ‘profunda’ como a obra de Proust”.

(Otto Maria Carpeaux, em História da Literatura Universal, vol. 02, p. 1308-1310) – compilação feita por David Bezerra no Facebook.

William Blake (1757 – 1827)

“Blake, poeta lírico de inspiração simples e musical, é, ao mesmo tempo, o porta-voz de todos os anjos e demônios do Universo; a sua obra foi das mais vastas e mais difíceis jamais criadas por um poeta inglês”.

“Os pré-rafaelitas guardaram conhecimento mais íntimo de Blake como se fosse segredo de uma seita. Só os simbolistas abriram a porta do tesouro; e então se manifestou, enfim, um dos poetas mais celestes e mais demoníacos de todos os tempos. ‘Manifestou-se’ é maneira de dizer; porque conhecer a vida de Blake, poeta, místico, revolucionário e louco, e estudar as múltiplas influências de Boehme e Swendenborg, dos gnósticos e de Rousseau na sua obra, ainda não basta para encontrar caminho certo na floresta desse Universo poético. É um Universo particular, e por ser criação de um doido, não deixa de ser completo”.

“Se Blake foi um louco, então foi o louco mais lúcido de…

A História do Declínio e Queda do Império Romano (Edward Gibbon)

“O estilo solene, algo barroco, de Gibbon não deve iludir a crítica: a ‘History of the Decline and Fall of the Roman Empire’ não é um grande panorama retórico da história universal, e sim uma obra de erudição séria. Onde Gibbon errou, não o fez por leviandade ou por espírito sectário, mas porque a ciência de sua época não lhe podia oferecer a documentação suficiente. Entre as obras existentes da historiografia é a sua a mais antiga das que ainda se podem consultar com proveito; é grande literatura, mas não é apenas literatura. O valor literário reside no estilo solene e no entanto deliciosamente irônico, no poder admirável de composição e construção, na coerência lógica dos inúmeros fatos relatados: decadência dos romanos, ascensão do cristianismo, queda do Império pela aliança entre a Igreja e os bárbaros, a longa noite dos dark ages sobre a Europa ocidental, a sobrevivência precária…

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