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As mais importantes peças de música de todos os tempos

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Otto Maria Carpeaux

Aqui está a seleção de obras musicais de que Otto Maria Carpeaux constituiu o Apêndice B de seu livro (controverso e, para meu gosto, imprescindível) Uma Nova História da Música (2ª Edição, revista e aumentada, Livraria José Olympio Editora).

Pretendo adicionar, com o tempo, os comentários que o próprio autor dedicou a cada uma das obras e, sempre que possível, links para vídeos que contenham boas execuções.

Segundo Carpeaux, nessa lista “só foi incluída uma seleção das grandes obras permanentes, além de um reduzido número de outras obras, de grande importância histórica. Mas infelizmente, só pouquíssimas obras dos primeiros séculos foi possível incluir, porque não são verificáveis todas as datas do século XVI e muito menos as dos séculos XIV e XV”.

Como a lista do Carpeaux não é exaustiva, incluirei também outras peças que ele próprio mencionou ao longo do texto. Dois registros são importantes: i) as peças ‘canônicas’, ou seja, aquelas que o autor incluiu no Apêndice B, estão identificadas com um asterisco (*); e ii) quando eu incluir alguma peça que não é mencionada pelo autor, nem no apêndice nem no texto, deixarei isso claro entre parênteses.

Todos os comentários adicionados são de Otto Maria Carpeaux.

Acesse por capítulos:

A POLIFONIA VOCAL

O BARROCO

 A MÚSICA CLÁSSICA

  • Os filhos de Bach
  • Sonata-Forma e Sinfonia: Haydn
  • A Reforma da Ópera: Gluck
  • Mozart
  • Consumação do Século: Beethoven

(…)

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Esta postagem traz parte da seleção de obras musicais incluídas por Otto Maria Carpeaux no Apêndice B de seu livro Uma Nova História da Música (2ª Edição, revista e aumentada, Livraria José Olympio Editora). Acesse o arquivo inaugural aqui.

AS ORIGENS DA ÓPERA E DO BAIXO-CONTÍNUO

Jacopo Peri (1561-1633)
Sua música, e também a de Caccini, é o canto “homófono” (“monódico”). É a vitória do indivíduo sobre o coro; é o individualismo na música.
O novo gênero institui a soberania do cantor: é ele, o indivíduo, que está no centro, em vez do coro. Parece-se com o monarca absoluto, esse outro personagem centro do Barroco, podendo dizer: “La musique c’est moi”.

* Dafne (1597). Música feita sobre o libreto de Ottavio Rinuccini.

Giulio Caccini (1550-1618)

* Euridice (1600). Música feita sobre o libreto de Ottavio Rinuccini.

O BARROCO: MONTEVERDI E A ÓPERA VENEZIANA

Claudio Monteverdi (1567-1643)

Maestro de música na corte de Mântua; depois, regente do coro…

Uma Nova História da Música (Carpeaux): As Origens

Esta postagem traz parte da seleção de obras musicais incluídas por Otto Maria Carpeaux no Apêndice B de seu livro Uma Nova História da Música (2ª Edição, revista e aumentada, Livraria José Olympio Editora). Acesse o arquivo inaugural aqui.

AS ORIGENS

Canto Gregoriano

Sem dúvida, escondem-se nas melodias do cantochão fragmentos dos hinos cantados nos templos gregos e dos salmos que acompanhavam o culto no Templo de Jerusalém.

São estas as melodias litúrgicas que se cantam, diariamente (…) em todos os conventos beneditinos do Velho Mundo e do Novo; e se cantarão, esperamos, até a consumação dos séculos. É a mais antiga música ainda em uso.

Poesia lírica aristocrática, música dos trovadores, cantada nos castelos

Poesia lírica popular, cantada nas aldeias

Cuckoo-Song (“Sumer is i-cumen in…”). Uma canção popula inglesa, guardada num manuscrito do começo do século XIII; é um cânone a seis vozes, isto é, as seis vozes entram sucessivamente, à distância de poucos compassos,…

Uma Nova História da Música (Carpeaux): Renascença e Reforma

Esta postagem traz parte da seleção de obras musicais incluídas por Otto Maria Carpeaux no Apêndice B de seu livro Uma Nova História da Música (2ª Edição, revista e aumentada, Livraria José Olympio Editora). Acesse o arquivo inaugural aqui.

RENASCENÇA E REFORMA

Philippe de Monte (1521-1603)

Sua obra imensa é hoje um dos objetos preferidos dos estudiosos da musicologia, mas sem ter saído desse círculo estreito.

Missa Inclina cor meum

Orlandus Lassus (1530-1594)

Seu universalismo lembra os grandes gênios da Renascença.

Sabe dirigir as massas sonoras como se fosse um Handel da época do canto a capela.

O espírito e a técnica da música contrapontística flamenga são inconfundíveis em grande parte dos seus inúmeros motetes.

Pela intensidade do seu sentimento profano e pela angústia religiosa, é o mais “moderno” entre os mestres “antigos”. Sua síntese de construção rigorosamente arquitetônica e de abundante lirismo já fez pensar na síntese de elementos equivalentes em Brahms. Mas (…) a arquitetura polifônica…

Uma Nova História da Música (Carpeaux): A Contra-Reforma: Palestrina; O Maneirismo

Esta postagem traz parte da seleção de obras musicais incluídas por Otto Maria Carpeaux no Apêndice B de seu livro Uma Nova História da Música (2ª Edição, revista e aumentada, Livraria José Olympio Editora). Acesse o arquivo inaugural aqui.

A CONTRA-REFORMA: PALESTRINA

Cristóban Morales (1512-1553)

Primeiro mestre do estilo da “Contrarreforma”, em que a música é rigorosamente desacompanhada, a capela. Só a voz da criatura humana é digna de louvar o Criador.
Precursor de Palestrina.

Lamentabatur Jacob (moteto)

Emendemns in Melins (moteto)

Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525-1594)

É o mais “clássico” dos compositores; naturalmente não no sentido da música clássica vienense de Haydn, Mozart e Beethoven, mas no sentido de equilíbrio perfeito, latino. É “clássico” dentro de um estilo há séculos extinto e já por ninguém cultivado.

Palestrina não é um grande compositor que escreve música sacra; é um liturgista que sabe fazer grande música.

Seu objetivo foi tornar o texto sacro, na boca dos cantores, compreensível, sem renunciar…

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